Page 349 - Resúmen - XXV Congreso Latinoamericano de Parasitología - FLAP
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                  Difilobotrídeos (Cestoda: Pseudophyllidea) em gatos domésticos no Rio

                                  Grande do Sul, Brasil: resultados preliminares



               Pegoraro de Macedo, Marcia Raquel; Christello Trindade, Maira Aparecida; Rockenbach
               Portela, Priscila; Moraes de Borba, Alana; Muller, Gertrud

               Universidade Federal de Pelotas


               Diphyllobothriidae agrupa parasitos amplamente distribuídos e conhecidos por sua importância em saúde
               pública. O ciclo biológico da família é complexo, envolvendo dois hospedeiros intermediários (crustáceos
               e vertebrados como peixes e anfíbios) e um definitivo. Mamíferos, incluindo os seres humanos, bem como
               algumas aves piscívoras albergam o parasito adulto disseminando ovos no ambiente. O objetivo do estudo
               foi identificar difilobotrídeos em gatos domésticos no sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Examinou-se 42
               animais  mortos  por  atropelamento  nos  municípios  de  Pelotas,  Morro  Redondo  e  Capão  do  Leão.  Os
               exemplares foram necropsiados e o trato gastrointestinal examinado para pesquisa dos helmintos. Para
               caracterização molecular realizou-se a extração de DNA pelo método de fenol-clorofórmio e PCR com
               primers  específicos  para  a  região  18S  do  DNAr,  e  a  seguir  foram  sequenciados.  Foram  identificadas
               proglotes  de  Diphyllobothriidae  no  intestino  delgado  e  grosso  de  6  hospedeiros  (P=14,29%),  com
               intensidade média de infecção (IMI)= 2 e abundância média (AM)= 0,29. As sequências foram alinhadas
               globalmente  por  BLAST  (Genbank)  e  apresentaram  similaridades  com  sequências  de Dibothrio-
               cephalus spp. (=Diphyllobothrium spp.). Felinos são hospedeiros de Spirometra e Dibothriocephalus com
               registros para ambos os gêneros em território brasileiro. Contudo, a prevalência dos cestoides no país
               pode ser subestimada, pois apresentam grande variabilidade intraespecífica e o método de fixação pode
               modificar a aparência dos exemplares dificultando, assim, os estudos taxonômicos. Gatos errantes e ferais
               podem incluir na sua dieta peixes e anfíbios sendo esta a provável fonte de infecção. Além disso, a região
               de estudo é rica em áreas úmidas as quais podem constituir um ambiente ideal para o desenvolvimento
               dos parasitos. Tendo em vista o potencial zoonótico destes agentes e os diversos casos de parasitismo
               humano registrados no país torna-se necessário mais estudos moleculares a fim de elucidar as espécies
               ocorrentes e aspectos epidemiológicos no Brasil.





























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