Page 288 - Resúmen - XXV Congreso Latinoamericano de Parasitología - FLAP
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                 Enteroparasitos em pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia no

                                           sul do Rio Grande do Sul, Brasil



               Pegoraro de Macedo, Marcia Raquel; Jeske, Sabrina; Freitas Bianchi, Tanise; Ferreira
               de Leon, Ítalo; Paz Grala, Ana Paula; Marreiro Villela, Marcos

               Universidade Federal de Pelotas


               A  aquisição  e  gravidade  das  infecções  parasitárias  também  dependem  do  estado  imunológico  do
               hospedeiro, neste contexto, pacientes com câncer apresentam deficiências transitórias ou constantes na
               imunidade, resultantes da própria doença neoplásica e/ou decorrentes do tratamento quimioterápico com
               substâncias ou processos que levam à imunossupressão. Com isso, esta pesquisa objetivou estimar a
               prevalência de parasitos intestinais em indivíduos com câncer que realizam tratamento quimioterápico no
               sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Este estudo epidemiológico aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa,
               teve como sujeitos da pesquisa, pacientes neoplásicos encaminhados ao tratamento quimioterápico no
               setor de oncologia do Centro Regional de Oncologia/Radioterapia do Hospital Escola da Universidade
               Federal  de  Pelotas,  considerado  referência no  tratamento  de  câncer na  região  sul do RS,  recebendo
               pacientes oriundos de 22 municípios para tratamento gratuito via Sistema Único de Saúde (SUS). Para
               diagnóstico foram utilizados, o exame macroscópico, o método de Baerman-Moraes, as técnicas de Faust
               e de Ritchie, sendo também empregada a coloração de auramina como método de triagem no diagnóstico
               de Cryptosporidium spp., com a confirmação por meio da coloração de Kinyoun. Foram incluídos no estudo
               110  pacientes  oncológicos,  e  64  (58,2%)  apresentaram-se  positivos  para  pelo  menos  uma  infecção
               enteroparasitária,  sendo  o  parasito  prevalente  o  nematódeo Ascaris  lumbricoides (28,2%),  seguido
               por Giardia  intestinalis (17,3%), Entamoeba  coli (14,6%), Taenia spp.  (7,3%), Trichuris  trichiura  (7,3%),
               Cryptosporidium spp. (5,5%), Endolimax nana (5,5%), ancilostomídeos (4,5%) e Strongyloides stercoralis
               (1,8%). O poliparasitismo ocorreu em 54,7% (35) dos pacientes positivos. A positividade enteroparasitária
               foi considerada elevada nos pacientes com câncer, já que mais de 50% dos indivíduos apresentaram
               algum  helminto  ou  protozoário  intestinal.  Logo,  sugere-se  que  o  Exame  Parasitológico de  Fezes  seja
               empregado na rotina de pacientes oncológicos que realizam quimioterapia.





























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